Rua da Fraternidade 803.Aqui, começa mais uma história.
Num sábado
qualquer em novembro de 2009, caminhando pelo aprazível bairro do Alto da Boa
Vista, deparei-me com um beco sem saída, no final da rua da Fraternidade.
Havia um muro alto com a pintura descascada, algumas pichações e um misterioso portão com arabescos coberto por uma chapa de aço tentando esconder o que pudesse existir na parte interna da propriedade.
Como essa chapa
continha recortes artisticamente elaborados, tentei por curiosidade, ver o que havia
por de trás do portão. Mato, mato, arbustos, árvores, passarinhos, mais mato,
abandono...
Ainda na parte
fronteiriça, à esquerda do portão, uma placa de metal com a inscrição Jardim
Alfomares que encobria um outro nome ilegível.
À direita, uma
placa com o nome Rua da Fraternidade e mais ao alto, na parte de alvenaria do
arco que abrigava o portão, uma placa com o número 803.
Mais à
esquerda, uma grande placa da JMT Propriedade Imobiliária S/A, indicando que
ali estaria previsto um loteamento. Nela constavam números de quatro lotes,
registros de licença ambiental entre outros. Como não vi sinal de obras em
andamento, pensei numa possível falência da incorporadora. Nunca tinha ouvido
falar em JMT. Poderia ser outra ENCOL.
O tamanho
da propriedade me impressionou. Da mesma sorte, a quantidade de árvores no
local. Aquela imagem não me saiu do pensamento e o nome Alfomares me intrigava.
Pela grafia, poderia afirmar que era de origem árabe. Não via a hora de
chegar em casa para consultar o Google. Desconfiava que aquele muro pudesse esconder algum mistério...

2 comentários:
Calderon,
Conheço o jardim Alfomares como a Chácara do Francês.
Pelo que minha família me conta, esta propriedade era ou é de uma das famílias francesas que se estabeleceram na região, de sobrenome Contier (inclusive no mesmo bairro, Sto Amaro, existem duas ruas com nomes da família).
Vou dar mais uma pesquisada no assunto e retorno no blog.
Abs,
Edgar
Caro Edgar,
Vou pesquisar também
Um abraço
Calderón
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